terça-feira, 18 de dezembro de 2012






 AVALIAÇÃO

Depois de algum tempo de leituras, discussões e reflexões acerca do ato de avaliar acredito que seja válido postar o texto abaixo:






Espelho espelho meu



Era uma vez uma rainha que vivia em um grande castelo.

     Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas ficarem bonitas ou feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadas. Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico. Um dia, querendo avaliar sua beleza também, ela perguntou ao espelho:

     - Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
      
  O espelho olhou bem para ela e respondeu:

       - Minha rainha, os tempos estão mudados. Esta não é uma resposta assim tão simples. Hoje em dia, para responder a sua pergunta eu preciso de alguns elementos mais claros.

      Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:

      - Como assim?

      - Veja bem, respondeu o espelho. Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta. Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibope no castelo? Pretende examinar seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas, ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo? É uma avaliação considerando a norma ou critérios predeterminados? De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.
E continuou o espelho:

       - Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me diga com que bases devo fazer essa avaliação. Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto? Quem devo consultar para fazer essa análise?
Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta. Entre a turma da copa ou mesmo entre os anões, a Branca de Neve ganha estourado. Mas, se perguntar aos seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar.
Depois, ainda tem o seguinte, continuou o espelho:

       -  Como vou fazer essa avaliação? Devo utilizar análises continuadas? Posso utilizar uma prova para verificar o grau dessa beleza? Utilizo a observação?
     Finalmente conclui o espelho:
           
       -  Será que estou sendo justo? Tantos são os pontos a considerar...” 



(adaptado de Utilization-Facuses Evalution. Londres, Sage Pud., 1997, de Michael Quinn Patton)



Sidineia Moreira Santos.




(adaptado de Utilization-Facuses Evalution. Londres, Sage Pud., 1997, de Michael Quinn Patton)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Atividades do PIBID/Letras na Escola Municipal Stela Câmara Dubois

A partir de um estudo etnográfico elaborado durante alguns dias de observação na Escola Municipal Stela Câmara Dubois, Carla, Paulo, Rosane e Taniela – bolsistas do subprojeto de Letras Vernáculas do PIBID/Jequié – elaboraram oficinas que abordavam temas relacionados àquela realidade. Rótulos, bullying, reconhecimento étnico, preconceitos, periferia foram algumas das temáticas discutidas entre pibidistas e pibideiros por meio de filme, crônica e canção. Algumas produções dos alunos resultaram das atividades propostas, tais como: cartazes, desenhos, frases e textos.

Por: Paulo Sérgio Lima de Jesus

Homoerotismo em Caio Fernando de Abreu

Com o intuito de conhecer a obra Morangos mofados do escritor Caio Fernando de Abreu, foi realizada uma oficina no dia 30-10-2012 no Colégio Luiz Viana.
Lemos o conto terça feira gorda,um misto de erotismo,drogas,violência e homofobia. De inicio houve uma certa resistência da parte dos alunos,pois, ainda existe um certo "tabu" com relação ao tema sexualidade.Depois da leitura os alunos foram questionados sobre os assuntos abordados no conto e foram receptivos com relação a essa discussão.
A oficina foi muito satisfatória, por isso, foi elaborada uma segunda oficina com o tema homofobia,erotismo e drogas,e dado três opções para produção textual, escrever um conto,texto dissertativo/argumentativo ou uma propaganda.Foram feitos três contos e três propagandas,todos de muita qualidade,os cartazes agora viraram pôster que será apresentado no IV Seminário do dia mundial de luta contra  Homofobia,na UESB nos dias 14 e 15 de Dezembro.



PIBID de Letras na Escola Municipal Stela Câmara Dubois

No último mês de setembro,  a escola Stela Câmara Dubois foi contemplada com o subprojeto "Processo Formativo do Professor de Língua Portuguesa". A equipe conta com a coordenação da professora Adriana Barbosa, supervisão da professora Fátima Nunes e com os pibideiros Carla Ferreira, Paulo Lima, Rosane Marques e Taniela Macedo. Em 2013, as atividades serão retomadas com as duas turmas do sétimo ano e nossas expectativas são as melhores.

Por: Carla Ferreira
O grupo do PIBID Letras do Colégio Estadual Luiz Viana Filho participarão do IV Seminário do Dia Mundial de Luta contra a Homofobia. As pibideiras (Claudiane, Jamile e Queiciane)   apresentarão  pôster cujo resultado surgiu a partir da oficina Caio Fernando Abreu em destaque: Terça-feira gorda. O trabalho versará a respeito das questões referentes à homofobia. Contamos com a presença de todos (as) para acompanharem as discussões. Para conferir a programação completa do evento, acessem o link abaixo:

http://www.uesb.br/eventos/seminario_contra_homofobia/index.php

Jeanne Paganucci

Olá Pessoal

Sou a professora Maria de  Fatima Nunes de Souza, leciono no Colégio Municipal Stela Câmara Dubois, há vinte anos e trabalho com língua portuguesa.

No último mês de setembro começei como supervisora do PIBID de letras, acompanhando a realização de oficinas e trabalhos com os pibideiros da UESB.

As primeiras atividades realizadas na escola causaram um grande alvoroço na nossa rotina, pois nossos alunos ficaram bastante envolvidos e entusiasmados com as oficinas que aconteceram.Esperamos que no próximo ano elas continuem acontecendo semanalmente e com o mesmo sucesso deste ano de 2012.

Maria de Fatima Nunes de Souza

PIBID DE LETRAS NA ESCOLA ADOLFO RIBEIRO

No mês de setembro, O PIBID- Letras começou suas atividades na Escola Municipal Adolfo Ribeiro, com a supervisão da professora Rita Zuleika Colavolpe.Essa nova equipe de trabalho é composta pelos os bolsistas: Antonio Jeferson Barreto Xavier, Manuela Santos, Sidineia Moreira, Fernanda Santos, Elizabete Souza e Andreia Souza.
Iniciamos o nosso trabalho com uma pesquisa etnográfica e a partir desta, começamos a elaboração de propostas de intervenções. Estamos com boas expectativas e preparados para contribuir de maneira significativa no ensino-aprendizagem dos educandos do Ensino Fundamental II desta Unidade de Ensino.



Por Antonio Jeferson Barreto Xavier e Manuela Santos. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Retextualização e gêneros textuais: o espaço da temática dentro da sala de aula...


Essa é uma das crônicas que resultaram da oficina sobre retextualização que ministrei no XVI Encontro Baiano dos Estudantes de Letras da Bahia – EBEL que aconteceu entre os dias 15 a 18 de novembro de 2012, no Campus IV da Universidade do Estado da Bahia – UNEB de Jacobina. Espero que vocês gostem tanto quanto eu. Depois socializo as demais produções, mas por hoje creio que serve....

Boa leitura!

Crônica 1 – O assassinato da perspectiva do rotweillers.

Olhou para aquele pedaço de carne com um desprezo abissal. Não conseguiu, mesmo sendo da sua natureza, sentir desejo com o sangue que escorria no chão de cimento.
Também não conseguia entender como os seus companheiros, com frieza e voracidade, deleitavam-se daquele “alimento” tão repugnante.
Lembrou de um dia, há muito tempo, quando carregava uma vida em suas entranhas. Recordou-se de um afeto, um carinho na sua cabeça, um dengo de igual que também carregava uma vida em suas entranhas, embora a estranha carinhosa não soubesse que em breve seria mãe, daria ao mundo uma criança.
Ao sentir aquele cheiro, aquele mesmo cheiro do carinho do passado, também lembrou da amargura de ter sua cria arrancada, lembrou  da saudade, lembrou que iria morrer e nunca mais veria seu filho. Quando viu o pedaço de carne desabar por cima da sua cabeça, percebeu de imediato que o mundo ganhava um novo órfão, um rebento sem mãe.
Ao voltar a si dessas lembranças doloridas ainda teve tempo de ver um último olhinho sendo engolido, uma falange talvez...

Este texto é de autoria de Ramon Amorim, Nicolas Vladimir Vieira, Valnéia Ferreira de Souza, Adjailton dos Santos Barros, Joseli Viana Santos, Manoel Messias da Cruz, Robson Souza Lima, Icaro Francisco de Oliveira alunos da UCSal, UFBA, UNEB – Campus I, XIII e IV.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Piadas Sintáticas


Piadas sintáticas

Do ponto de vista da estrutura da língua, a comicidade é um fator relevante ao analisarmos a sua organização frásica, pois este tipo de competência nos permite recuperar algumas estruturas do texto que facilmente podem ser entendidas. Um dos processos expressivos que provocam essas particularidades de construção é a figura de linguagem elipse. A elipse é a supressão de alguns termos que tornam assim, a frase mais elegante, no entanto essa possibilidade pode, em alguns casos, torná-la ambígua

Segue abaixo alguns exemplos de como essa duplicidade de sentidos se dá em algumas situações que acontecem no dia-a-dia.

Algumas charges apresentam críticas sociais, com um toque de humor.

 

 

Outras trazem acontecimentos vivenciados pela sociedade atual, com intuito de criticar. 

Segundo o linguista Sírio Possenti 2011 "as piadas possuem um duplo sentido, no qual é fundamental dar-se conta de que o duplo sentido tem muitas caras" . 
Podemos observar que além de serem excelentes corpus para explicitar a análise lingüística, elas oferecem argumentos valiosos para as teses ligadas às teorias textuais e discursivas e à teoria da relevância das condições de produção, podendo ainda,  trazer na sua análise de interpretação vários assuntos, seja no que diz respeito ao preconceito linguistico, como aos conhecimentos culturais, critica de um dado fato ou acontecimento social, entre outros.

Por Jamile Soares