segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um relato imaginário:

- Você dá aulas de quê?
-  Linguística.
-Ah!! ( silêncio).

Ou:

-Você dá aulas de quê?
- Gramática.
- Ah, matéria importante, né? 
 ( ou: que chato!)

Ou ainda:

- Você dá aulas de quê?
- Língua.
- Língua portuguesa ou Línguas?
- Língua Portuguesa.
- Ah, gramática.

MENDONÇA, Marina Célia In: Introdução à Linguística domínios e fronteiras vol.2.


Embora seja fictício, o diálogo imaginado pela professora de linguística Marina Célia Mendonça da Universidade de Franca (SP),  traduz uma realidade. Infelizmente, essa ainda é a visão que perdura entre os alunos sobre o aprendizado da disciplina na escola, consequentemente, a que se perpetua entre muitos usuários da língua na sociedade.

Edineia Azevedo e Queiciane Araujo

  

O conteúdo humorístico apresentado pela Companhia de comédia "Os melhores do mundo" permite uma reflexão sobre a inadequação do  ensino de Língua Portuguesa pautado apenas na memorização das categorias gramaticais. A prática pedagógica que prioriza os exercícios descontextualizados, além de desconsiderar a autonomia do sujeito, não contribui satisfatoriamente para o principal objetivo do ensino de língua: o desempenho das habilidades comunicativas orais e escritas do aluno.

Edineia Azevedo 
Queiciane Araujo 

sexta-feira, 15 de junho de 2012


GRAMÁTICA VARIAÇÃO E NORMAS

Sidineia Moreira Santos

CALLOU, Dinah (2007). Gramática, variação e normas. In: SILVA & BRANDÃO. Ensino de gramática - descrição e uso. Rio de Janeiro: Contexto, 2007.

O texto de Dinah Callou “Gramática, variação e normas,” publicado no livro “Ensino de Gramática – descrição e uso,” pela editora Contexto no ano de 2007, faz uma abordagem crítica acerca de questões inquietantes e recorrentes envolvendo gramática, variações e normas.
A autora inicia seu texto elencando uma série de importantes questionamentos envolvendo gramática, variação e normas, argumentando com clareza que, não existem respostas definitivas acerca dos questionamentos levantados.
Em seguida, a autora passa a teorizar enfaticamente sobre a crise e o empobrecimento do ensino de língua e da aprendizagem de nossa língua, esclarecendo que isso não diz respeito apenas à língua portuguesa e não se restringe apenas ao Brasil.
Amparada no discurso de posse do gramático Celso Cunha á cadeira de Português do Colégio Pedro II em novembro de 1952, a autora afirma que, a preocupação com o ensino de língua vem de muito longe e que, embora tenha decorrido mais de cinquenta anos do referido discurso à situação ainda não se modificou. Sendo assim, a autora afirma acertadamente que a crise no ensino de língua materna no Brasil está relacionada a problemas de natureza socioeconômica, sociocultural e pedagógica.
Debruçando-se inicialmente sobre os pro

terça-feira, 12 de junho de 2012



 Por Ademário de Carvalho

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID tem inicio em abril de 2010, ramificado em uma verdadeira teia representado por subprojetos, onde participo do subprojeto de Letras, orientado pela professora Adriana de Abreu, que tem como objetivo mor ressignificar o ensino de Língua Portuguesa, doravante LP. Como espaço de análise, trabalho e reflexão temos o Colégio Estadual Luís Viana Filho de Jequié-BA, constituindo-se o nosso corpus. Nele realizamos oficinas baseadas na vivência diária dos educandos, onde refletimos o ensino da LP estruturado em práticas pedagógicas que observamos à luz de alguns teóricos como Geraldi, Possenti e Travaglia, a fim de propor um novo olhar a esta disciplina.
O PIBID baseia-se no estudo etnográfico do espaço escolar que possibilita verificarmos problemas e acertos que (des)favorecem o crescimento do educando e o enriquecimento de suas experiências vividas na comunidade escolar. Durante as oficinas que realizamos percebemos aspectos relevantes para servir de ponto de partida para o objetivo principal deste subprojeto, que é criar uma abordagem atraente para o ensino da LP, assim desvinculando-se de práticas arcaicas que alguns professores de língua insistem em mantê-las.
Baseado em teóricos como Geraldi, Possenti e Travaglia, embasamos as nossas práticas nas oficinas, tendo em vista que toda ação acadêmica deve estar amparada em pressupostos teóricos que as justifiquem. Assim sendo, em todas as nossas oficinas há uma prévia discussão e planejamento teórico para subsidiar e relacionar a oficina com aspectos didáticos. Esse projeto contribui em demasia para a nossa formação acadêmica, enquanto licenciandos, e futuros docentes que desenvolveram um ensino reflexivo e inovador.
Ao longo de dois anos o PIBID despertou e fortaleceu em mim saberes consideráveis tangível ao ensino de línguas e literaturas, ajudou-me a construir práticas docentes as quais nos favorece no sentido de possibilitar uma no nova abordagem para o ensino de LP, o qual contextualize com as demandas e carências da contemporaneidade.
Percebi também, a importância de instrumentalizar o ensino da língua e literatura, tornando-se mecanismo de reflexão e interferência social, isto é, ressignificar também a sociedade. Devemos refletir os textos que nos cercam em sala de aula e fora, e não permitir que o sujeito seja apenas parte de um processo “seco” e defasado. O PIBID, partindo das realizações das oficinas apresenta a Educação Básica os vários desafios de se tentar ressignificar o ensino de LP. Buscamos em nossas oficinas possibilitar que o educando externe seus valores, pensamentos e emoções capazes de contribuir para a construção de um conhecimento que privilegie o educando como escritor de sua própria realidade. Além disso, construímos possíveis possibilidades, que dizem respeito a atividades que tornem o ensino de LP menos mecânico e mais reflexivo. Possibilidades essas, que ensaiamos nas várias oficinas realizadas ao longo de 2010 até a data que registra esse texto. Esse projeto contribui para o nosso pleno desenvolvimento docente, pois nos possibilita enxergar a LP não apenas à rigor gramatical, mas também valorizar o texto produzido pelo educando.
Durante as oficinas analisamos textos poéticos, leituras imagéticas, construção textual, estudo da realidade, análise de músicas, etc., para a partir daí, buscarmos o estudo da gramática, da interpretação, compreensão e produção textual.
Essas oficinas nos serviram como fonte de aprendizagem de que o ensino de LP pode e deve ser ressignificado, além de contribuir para a minha formação acadêmica e docente, pois vi de perto os desafios e criei, junto com o meu grupo, possibilidades de um ensino de LP e literatura ressignificado.
Para concluir, sugiro que algumas ações fundamentais para as nossas atividades sejam melhores atendidas, visto que, a tramitação burocrática provoca prejuízos na realização de algumas atividades. De certo a práxi deve ser obedecida, mas percebo que dificulta as nossas atividades.