Por Ademário de Carvalho
O Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID tem inicio em abril de 2010,
ramificado em uma verdadeira teia representado por subprojetos, onde participo
do subprojeto de Letras, orientado pela professora Adriana de Abreu, que tem
como objetivo mor ressignificar o ensino de Língua Portuguesa, doravante LP.
Como espaço de análise, trabalho e reflexão temos o Colégio Estadual Luís Viana
Filho de Jequié-BA, constituindo-se o nosso corpus. Nele realizamos oficinas
baseadas na vivência diária dos educandos, onde refletimos o ensino da LP
estruturado em práticas pedagógicas que observamos à luz de alguns teóricos
como Geraldi, Possenti e Travaglia, a fim de propor um novo olhar a esta
disciplina.
O PIBID baseia-se no estudo etnográfico do espaço escolar que possibilita
verificarmos problemas e acertos que (des)favorecem o crescimento do educando e
o enriquecimento de suas experiências vividas na comunidade escolar. Durante as
oficinas que realizamos percebemos aspectos relevantes para servir de ponto de
partida para o objetivo principal deste subprojeto, que é criar uma abordagem
atraente para o ensino da LP, assim desvinculando-se de práticas arcaicas que
alguns professores de língua insistem em mantê-las.
Baseado em teóricos como Geraldi, Possenti e Travaglia, embasamos as nossas
práticas nas oficinas, tendo em vista que toda ação acadêmica deve estar
amparada em pressupostos teóricos que as justifiquem. Assim sendo, em todas as
nossas oficinas há uma prévia discussão e planejamento teórico para subsidiar e
relacionar a oficina com aspectos didáticos. Esse projeto contribui em demasia
para a nossa formação acadêmica, enquanto licenciandos, e futuros docentes que
desenvolveram um ensino reflexivo e inovador.
Ao longo de dois anos o PIBID despertou e fortaleceu em mim saberes
consideráveis tangível ao ensino de línguas e literaturas, ajudou-me a
construir práticas docentes as quais nos favorece no sentido de possibilitar
uma no nova abordagem para o ensino de LP, o qual contextualize com as demandas
e carências da contemporaneidade.
Percebi também, a importância de instrumentalizar o ensino da língua e
literatura, tornando-se mecanismo de reflexão e interferência social, isto é,
ressignificar também a sociedade. Devemos refletir os textos que nos cercam em
sala de aula e fora, e não permitir que o sujeito seja apenas parte de um
processo “seco” e defasado. O PIBID, partindo das realizações das oficinas
apresenta a Educação Básica os vários desafios de se tentar ressignificar o
ensino de LP. Buscamos em nossas oficinas possibilitar que o educando externe
seus valores, pensamentos e emoções capazes de contribuir para a construção de
um conhecimento que privilegie o educando como escritor de sua própria
realidade. Além disso, construímos possíveis possibilidades, que dizem respeito
a atividades que tornem o ensino de LP menos mecânico e mais reflexivo.
Possibilidades essas, que ensaiamos nas várias oficinas realizadas ao longo de
2010 até a data que registra esse texto. Esse projeto contribui para o nosso
pleno desenvolvimento docente, pois nos possibilita enxergar a LP não apenas à
rigor gramatical, mas também valorizar o texto produzido pelo educando.
Durante as oficinas analisamos textos poéticos, leituras imagéticas, construção
textual, estudo da realidade, análise de músicas, etc., para a partir daí,
buscarmos o estudo da gramática, da interpretação, compreensão e produção
textual.
Essas oficinas nos serviram como fonte de aprendizagem de que o ensino de LP
pode e deve ser ressignificado, além de contribuir para a minha formação
acadêmica e docente, pois vi de perto os desafios e criei, junto com o meu
grupo, possibilidades de um ensino de LP e literatura ressignificado.
Para concluir, sugiro que algumas ações fundamentais para as nossas atividades
sejam melhores atendidas, visto que, a tramitação burocrática provoca prejuízos
na realização de algumas atividades. De certo a práxi deve ser obedecida, mas
percebo que dificulta as nossas atividades.